Entendendo HATEOAS

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HATEOAS (Hypermedia as the Engine of Application State) é uma constraint arquitetural de aplicações REST. Uma API HATEOAS provê informações que permite navegar entre seus endpoints de forma dinâmica visto que inclui links junto às respostas. Esta capacidade a difere de sistemas baseados em SOA e interfaces dirigidas por WSDL(pronuncia-se uísdou). Com SOA, servidores e clientes usualmente devem acessar uma especificação fixa que pode ser acessada em outro lugar na API, ou em um website, ou as vezes distribuído por email.

Nota: Pronunciar HATEOAS não é fácil e pode variar bastante. Algumas pessoas pronunciam algo como “riteos“, outros como “reitos” ou como “reidôs“. Alguns podem se referir a esse conceito arquitetural por hypermedia-driven system – algo como sistema dirigido por hipermídia.

Exemplos

O código a seguir representa um objeto Cliente.

class Cliente {
	String nome;
}

Uma representação JSON tradicional seria algo como:

{
	"nome" : "Leandro"
}

Os dados do Cliente estão lá, mas os dados não contém nada de relevante sobre suas conexões. Uma representação baseada em HATEOAS deve ser similar ao JSON abaixo:

{
   "nome":"Leandro",
   "links":[
      {
         "rel":"self",
         "href":"http://localhost:8080/Cliente/1"
      }
   ]
}

A resposta não contém somente o nome de uma pessoa, mas inclui uma URL com o endereço de onde as informações dessa pessoa podem ser localizadas.

  • rel significa relacionamento. No nosso caso o link autoreferencia a pessoa. Sistemas mais complexos incluem outros tipos de relacionamentos. Por exemplo, uma ordem de compra pode ter um relacionamento com cliente”rel”:”Cliente” vinculando a ordem ao Cliente.
  • href é uma URL completa que define um único recurso.

Nota:
Apesar de meus exemplos serem em JSON, XML também é aceito como um formato de resposta padrão. HATEOAS não impõe a exigência à um formato em específico. O seu foco é prover links que possibilite navegar entre os recursos de uma API.

Apesar de nossos exemplos serem bem simples é possível construir relações mais complexas. O HATEOAS, facilita aos desenvolvedores, de aplicações cliente, acessar os recursos de uma API sem precisar definir uma especificação, criar um documento externo ou uma wiki para isso.
Observe o JSON abaixo:

{
   "conteudo":[
      {
         "preco":499.00,
         "descricao":"HD Seagate 2TB",
         "nome":"HD S2TB",
         "links":[
            {
               "rel":"self",
               "href":"http://localhost:8080/produto/1"
            }
         ],
         "atributos":{
            "conector":"SATA"
         }
      },
      {
         "preco":49.00,
         "descricao":"Mouse Óptico Dell",
         "nome":" Mouse",
         "links":[
            {
               "rel":"self",
               "href":"http://localhost:8080/produto/3"
            }
         ],
         "atributos":{
            "conector":"wireless"
         }
      }
   ],
   "links":[
      {
         "rel":"produto.consulta",
         "href":"http://localhost:8080/produto/consulta"
      }
   ]
}

Não apenas os itens e seus precos mostrados, mas também uma URL para cada recurso, fornecendo informações claras sobre como acessar cada recurso. De acordo com o modelo de maturidade de Richardson, HATEOAS é considerado o ultimo nível do REST. Isto significa que em uma aplicação HATEOAS presume-se que os verbos padrão de uma aplicação REST como GET, POST, PUT e DELETE também são adotados. Sendo que cada um deles, como é mostrado acima, provê ao cliente os links necessários ao acesso à uma informação.

É isso aí continuem ligados no blog e em breve teremos uma postagem bem mão na massa com HATEOAS e o nosso velho conhecido Spring Boot. Bons estudos 😉

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Leandro

Sou desenvolvedor de software a desde 2008, além de programar gosto de esportes de aventura como rapel, tirolesa, trilhas de bike, apreciador de cervejas, baladas, motos e do bom e velho Rock’n Roll também gosto de história, ficção científica e de tecnologia. Atualmente sou consultor de Agile Software Delivery na Erudio Training e instrutor na Udemy.

2 thoughts to “Entendendo HATEOAS”

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